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Showing posts from July, 2014

Pensamentos - Mafalda Ling

Chamou-lhe Pensamentos , mas poderia ser igualmente Sentimentos . Este livro de bela poesia é uma obra de, com e sobre sentimentos, escrito em jeito, aparentemente, auto-biográfico e que nos derrete do início ao fim. Em  Pensamentos, Mafalda Ling fala-nos de Amor, de Saudade, da Perda e da Amizade. Mas desengane-se quem pensa que a autora escreveu apenas sobre a triste inevitabilidade da dor romântica. Ao ler esta obra, é-nos transmitida muita força e coragem. É-nos dito que uma perda não é o suficiente para acabar connosco. Faz-nos acreditar em nós e manda-nos seguir em frente. E para confirmar o que digo e abrir a cortina da curiosidade, aqui fica um poema, com palavras vindas directamente do coração. Querer ou não querer, é a verdadeira questão. Isso do "ser ou não ser" já não é nenhuma interrogação. Quem quer vai, Quem quer procura, Quem quer sai, Não espreita pela ranhura. Quem quer luta, Quem quer não desiste, Quem quer exulta, E sempre in
Os dias sucedem-se Uns atrás dos outros, neste marasmo sem fim. Às vezes calmos, outras apressados, mas sem nunca parar, sem nunca nos deixarem desistir. Porque em cada trambolhão, Estará a nossa razão de existir. (Imagem original: wasforlove.blogspot.com)

Esqueletos no Armário (3ª parte)

Gabriel sentou-se na cama e inclinou-se ligeiramente para a frente, de modo a assentar os cotovelos sobre os joelhos e fitou as mãos, cujos dedos entrelaçara. - Sei que deves estar a pensar que sou um monstro. - E não és? - Talvez. - Não importa o que penso. Explica. Quero sinceramente ouvir o que tens a dizer. - Eu... sempre... fui diferente... daquilo que é considerado normal, ou.. esperado. Nunca percebi o que era a emoção, nunca entendi o choro ou.. a felicidade. Nada. Para mim, o lado emocional era o mais completo vazio. A única forma de eu... sentir... alguma coisa era... magoar. - Eu ouvia-o em silêncio tentando controlar a minha expressão facial. - Cresci sem ser notado, um pouco gozado na escola, mas isso não me afectava mais do que a qualquer outro, bem pelo contrário. Aos poucos fui me afastando mais e mais das pessoas e descobri a minha paz, a minha... adrenalina... a matar. Respirei pausamente para conter qualquer emoção prestes a explodir. -

Esqueletos No Armário (2ª Parte)

Sem saber como ordenar ao meu corpo que se mexesse, permaneci durante horas sentada no mesmo local. O telefone tocou várias vezes, a campainha da porta também ressoou uma vez. Não fui capaz de me mover. Aquilo que ali estava, mostrava um homem que eu não conhecia, mostrava algo... perturbador. Já começava a escurecer quando Gabriel voltou para casa. Entrou, vinha a sorrir, o mesmo sorriso de sempre, mas que agora me parecia tão sinistro, quanto forjado. Pareceu não reparar na minha postura, e disse-me apenas “boa noite”, seguindo para a casa de banho. O banho prolongou-se pelo que me pareceu uma eternidade e quando saiu da casa de banho, fitou-me. - Andaste em arrumações? - perguntou lançando um olhar aos papéis espalhados pelo chão. Não fui capaz de responder. - Fizeste alguma coisa para comermos? Estou cheio de fome... Consegui finalmente, obrigar os meus olhos a moverem-se de forma a encontrarem os seus. Um olhar vazio, sem... vida. - Mariana... Está tudo bem?

Esqueletos no Armário

Se quando nos levantamos da cama, soubéssemos o que nos espera durante o resto do dia, haveria com certeza várias manhãs nas quais nos recusaríamos a sair de lá. Aquele foi sem dúvida um desses dias e nada, mesmo nada, o fazia antever. Levantei-me como todos os dias às 6 horas e comecei a preparar o pequeno-almoço. O Gabriel saía sempre bem cedo para o trabalho e eu gostava de preparar-lhe alguns mimos logo pela manhã. Naquele dia, ele parecia especialmente bem disposto e conversámos um pouco durante o pequeno almoço. - Já decidiste o que vais fazer hoje? - perguntou-me. - Primeiro, a minha aula matinal de Step e depois vou provavelmente rodear mais alguns anúncios de jornal e enviar candidaturas a empresas que nunca respondem de volta... Senti o desânimo invadir-me a voz. Já se havia passado um ano inteiro desde que a empresa onde trabalhava fechara. Até agora, não tinha conseguido arranjar qualquer emprego... O toque caloroso do meu marido, fez-me sentir imedia

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Aqui fica mais um trabalho a grafite. A minha maior dificuldade foi na expressão do rosto e no olhar. Espero que gostem. :)