O
português morre todos os dias um pouco
Devagar,
muito devagarinho,
Em
cada frase do facebook
em
cada LOL soprado baixinho.
Há
os que não vêem o que se passa,
Porque
vêm observando distraídos,
Há
os que estão “prontos”
e
os que da prontidão são destituídos.
Há
os mais que são apenas mas,
E
os que “houveram” grandes preocupações,
Com
certeza em escrever bem não foi,
Esses
têm outras paixões.
Há
coisas que tento ignorar,
Porque
não as há, apenas “à”
Os
acentos então, nem vale a pena falar,
Nem
um ultimato no sítio certo os porá.
Os
porques e os porquês
Esses
deixaram de interessar,
vá
lá, não vês?
É
só mais um risquinho para rematar.
Os
“cidadões” aumentam
ao
mesmo tempo que os “quaisqueres” se multiplicam,
De
vez em quando aparece um que “interviu”
E
com os plurais todos implicam.
Não
há género que os atrapalhe,
nem
tempo verbal que não se possa inventar,
Frases
completas são só um detalhe
no
nosso português rudimentar.
(Imagem: mscamp.wordpress.com)
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