Uma janela encantada, onde podemos ver um mundo de fantasia inigualável e criar cada uma das personagens que nele habitam... foi isto que surgiu na minha mente quando vi este quadro pela primeira vez.
Gostei especialmente dele pelas suas linhas pouco definidas, pelo contraste claro de luz e sombra e pelo enquadramento interessante, apesar de simples.
No centro da tela, encontramos uma jovem de costas voltadas para nós que observa o mundo através de uma janela. O seu vestuário faz-me lembrar os anos vinte do passado século. As linhas difusas do lado de fora da janela, surgem para os meus olhos como um jardim, ou um bosque, quem sabe, uma floresta encantada... Indiferentemente do que seja, é um mundo colorido e vivo que contrasta com a monotonia do interior.
A figura principal exibe uma postura descontraída, calma, de quem se limita a apreciar o que vê. Talvez as paredes apáticas sejam, na verdade, o seu porto de abrigo, a sua segurança para a loucura do mundo exterior. O único lugar onde ela pode ser quem quiser e como quiser...
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