O raio que trespassa a janela, ilumina e aquece, torna-se vida e felicidade. Os olhos são obrigados a fechar com a luz, mas os lábios abrem-se num sorriso que nos rasga o rosto.
O calor afasta os arrepios da nossa pele, que escurece gradualmente. O rosto ilumina-se e ruboriza-se. O chá é trocado por um gelado, no momento em que a lareira é apagada e calçamos os nossos ténis para vir para a rua.
O derreter do branco trás agitação e cor às ruas, os gritos das crianças enchem os ouvidos com o som da sua alegria.
Aqueles que nunca saem abrem a janela, a medo, e colocam os seus narizes congelados do lado de fora.
Acabaram os casacos, deitamos fora os pesos para o fundo do armário, libertamos a alma e recebemos essa estrela com saudade e veneração.
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