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Showing posts from May, 2014

Trabalho em Acrílico

Mais uma experiência de Acrílico sobre Canson . Tenho sempre uma maior dificuldade em trabalhar a cor e o pincel, mas... já se nota uma evolução.  Este retrato foi feito numa manhã.

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De repente, sentiu que todos o fitavam de maneira diferente. Os olhares outrora calorosos e sorridentes eram agora substituídos pela luz da desconfiança, pelo brilho ténue do desdém. Não sabia porquê, todos os dias se perguntava o que ocorrera, o motivo de tal mudança. Mas não via nenhum, não encontrava qualquer explicação. Aquele dia tinha sido especialmente difícil com tanta coisa a acontecer, tudo estava errado e o trabalho não rendera. Ao entrar em casa, sentou-se pesadamente no sofá e olhou para o ecrã negro da televisão apagada. Acontecia-lhe muitas vezes nos últimos tempos, sentir que nada mais importava, nada fazia sentido. Foi quando ouviu o som das rodas por olear, a correr lentamente pelo chão de madeira envernizada. Ergueu o olhar no momento em que o leve "chiar" parou e deu de caras com o seu filho a olhá-lo fixamente. - Precisas de ajuda? - perguntou inexpressivamente. - Não. - referiu o rapaz, travando a cadeira à sua frente. - Mas tu precisa

Hands

Aqui fica mais um trabalho meu. Desta vez, foi um treino para desenhar uma das parte do corpo mais complicadas. Espero que gostem! 

Talvez esteja a chegar a hora

Sentado na relva, com os pés mergulhados no líquido fresco e transparente, observa o ziguezaguear de um peixe prateado, que reluz quando os raios do astro-rei penetram sem pudores a água gelada, tornando-a suportável para os pés cansados. Ao longe, alguns pássaros gritam, um grito agudo e estridente que indica que, também eles, estão de regresso a casa após um dia longo e cansativo, numa luta constante pela sobrevivência. Um carreiro de formigas passa ao seu lado, seguindo o seu líder sem se questionar, tal como ele fizera toda a sua vida. No bosque, o fim de tarde é calmo e sereno, por entre as cores alaranjadas que pintam os troncos das árvores.  Eis quando, dois cães furiosos irrompem pelo meio dos arbustos e lutam entre si, quebrando o equilíbrio anterior. Mais um seguidor que se cansou de não liderar, mais uma luta pela independência e pela liberdade. A confusão faz os pássaros esvoaçarem, a poeira ergue-se do chão e os uivos ecoam por entre as árvores atentas.  M

Jeffrey Dean Morgan

Aqui fica mais um retrato a carvão, desta vez, escolhi o Jeffrey Dean Morgan como cobaia, na sua interpretação de Jonh Winchester, personagem da série Sobrenatural . Espero que gostem. :)

Se...

Se eu tivesse uma máquina do tempo, Uma dessa invenções que tudo muda, Se eu pudesse voltar atrás... Jamais, por certo, o faria. Porque o passado deve ficar onde está, enterrado nos confins da memória E só assim podemos viver um futuro, Capaz de ficar na história. Se eu pudesse voltar atrás não o faria, Porque perderia todos os erros cometidos, Deixaria escapar essa magia De todos os loucos atos, em nome do amor cometidos. Se eu pudesse voltar atrás saberia, O valor de tudo o que foi vivido. Com grande sabedoria, sorriria, Por todas as loucuras sem sentido. (Imagem: http://www.terracotabolsas.com/rato/index.php/2010/11/)

O Melhor Sorriso (2ª Parte)

Apesar do aspecto velho e gasto dos móveis, a casa estava mais ou menos limpa, o que estranhei. Não havia pó em cima dos móveis e apenas uma ou outra migalha de pão se encontrava caída no chão. Calmamente, comecei a caminhar pela sala e fui observando os sofás poídos, a mesa com a perna partida, as cadeiras com as almofadas rasgadas pelo tempo ou pelas unhas de algum gato. O meu coração quase parou, quando olhei para uma mesinha ao canto, onde estavam pousadas dezenas de fotografias. Aproximei-me e observei-as, eram todas da mesma pessoa e peguei a moldura da frente. Não havia dúvidas. Era ele. Um ténue barulho atrás de mim, fez-me saltar com o susto. Ao voltar-me, fiquei frente a frente com uma senhora na casa dos 70, que me olhava com uma expressão apreensiva. Sem saber porquê, voltei a olhar para a fotografia na minha mão, agora desfocava pelo tremor que o susto me causara. - Desculpe. - apressei-me a dizer. - Pensei que... a casa estava vazia. - Também eu. - res

O Melhor Sorriso

Aquela estava a ser uma manhã maravilhosa. Um sol esplendoroso, daqueles que só se vêem em Lisboa, brindava-nos do céu e eu ainda tinha umas boas horas pela frente até ter de ir para o trabalho. Ainda assim, levantei-me, apesar da hora matutinal e fui dar uma corrida. Nada melhor do que um pouco de exercício pela manhã para me deixar com energia para o dia inteiro. Após 30 minutos de corrida à beira-Tejo, resolvi abrandar a marcha e parei num quiosque, onde pedi um capuccino para levar e uma embalagem de pastilhas elásticas de morango. Bebi o meu café em dois goles grandes e voltei a aproximar-me do rio. Respirei profundamente a brisa da manhã. Havia muito tempo que não me sentia tão calma e equilibrada. Estava a tentar abrir a embalagem de pastilhas, com alguma dificuldade, quando me voltei para trás e quase embati num rapaz que me olhava de forma fixa. O rosto pálido e encovado, os olhos vazios, parados como se me olhassem mas não me vissem e a expressão apática, fizeram