Hoje procurava algumas imagens a óleo, quem sabe não me inspiravam e voltava a pintar? Ao fim de alguns minutos, achei esta, que me inspirou, não a pintar, mas a escrever.
É uma obra de Márcio Camargo. Não sei o que ele pensava quando a pintou, não sei exactamente de que forma é que este casal o inspirou, mas a mim fizeram-me imaginar mil histórias.
Reparem na postura do homem, talvez ele esteja a explicar-lhe alguma coisa. Ela parece atenta. Talvez ele recorde o que sentiu na primeira vez em que a viu, ou talvez, sinta que está a chegar o fim da sua vida e tenha decidido pedir-lhe perdão pelos seus erros, ou, quem sabe, talvez por uma ou outra omissão.
Ela escuta-o, não é capaz de afastar o olhar. Algumas palavras podem magoar profundamente, mas ela sabe que não há mais nenhuma relação como a deles, que jamais encontraria alguém que se encaixasse tão bem nela e com ela.
Sim, vai perdoá-lo, quase posso ver a sua postura a descontrair-se, enquanto ele tenta explicar que os erros nos torturam, nos devoram por dentro, até ganharmos a força necessária para os corrigirmos.
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