Às vezes, há uma angústia que nos invade,
uma incerteza que nos persegue,
uma dúvida que nos dilacera,
um medo que não cede.
É a mão do destino
que movimenta as peças do complicado xadrez,
transforma a vida num desalinho
e obriga-nos a tentar mais uma vez.
É como um sopro suave,
que traz canções que não consigo interpretar.
É a dúvida de uma dor contínua,
que parece não cessar.
Os olhos já não querem ver,
os ouvidos recusam-se a escutar,
mas o coração não pára de bater
e a cabeça continua a pensar.
O corpo anseia pelo bálsamo,
pelo alívio de um novo dia,
um remédio que não chega,
porque para ele não há sabedoria.
E assim somos obrigados a seguir em frente,
lutando por um futuro, dia após dia,
movendo as peças no tabuleiro,
e acabou a fantasia.
(Imagem retirada de: http://www.brasiliagenda.com.br/eventos/festiva-de-xadrez-no-patio-brasil/)
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