A sublimidade de uma obra poderá ser algo difícil de avaliar objectivamente, pois são muitos os critérios aos quais poderemos recorrer para o afirmar. Poderá ser uma obra grandiosa, causar espanto, ou mesmo horror. Poderá ser dona de uma beleza sem igual, da qual não conseguimos afastar o olhar... ou ser absolutamente insuportável mantermo-nos a observá-la por mais do que alguns segundos. Não é fácil, portanto, encontrar um único critério, que a torne indiscutivelmente sublime.
Bourke referiu que tudo aquilo que nos provoque a ideia de dor e perigo, que é de alguma forma análogo ao terror, é uma "fonte de sublime", pois esta é a mais forte e poderosa emoção que a nossa mente é capaz de sentir.
Eu, por outro lado, penso que o Sublime não se prende apenas com o terror, mas concordo com o final da afirmação, o medo é um sentimento com uma força que nos leva a tomar atitudes ou realizar ações que de outra forma não faríamos.
Assim sendo, e ainda seguindo a corrente de Bourke, a difusão da matéria, o "nada" é algo de extrema importância no sublime, a transformação da matéria no nada, pois esse nada infunde-nos o maior de todos os medos: o medo da morte.
E por fim, para ilustrar esta minha pequena reflexão, deixo-vos uma imagem do trabalho do pintor Michel Keck, intitulado "All or Nothing", disponível para visualização e aquisição, bem como outros trabalhos do autor, em www.fineartamerica.com.
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