A mão que se ergue por entre a multidão dá voz ao sofrimento silenciado pelo que todos julgam ser a democracia.
Os fortes pisam os fracos, os ricos enriquecem ainda mais com o trabalho dos pobres, que vivem na miséria. Os sonhos são mortos à nascença e já nem o esforço contínuo é sinónimo de sucesso. A sociedade mascara-se com cores brilhantes e nós vemos o mundo através da lente de uma câmara de filmar.
Um grito surdo ecoa no meio da multidão, um basta estridente, abafado pela sirene da polícia. Não aconteceu nada. A população cinzenta e abatida segue em frente, apática, como verdadeiros mortos-vivos, à procura do descanso final.
Mas este não irá surgir, não enquanto mais vozes não se erguerem acima das sirenes e gritarem bem alto: Basta!
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